Com a nova medida de Trump, milhares de soldados dos EUA foram enviados para apoiar a Alfândega e Proteção de Fronteiras
O governo dos Estados Unidos anunciou o envio de milhares de soldados para a fronteira com o México, uma medida tomada após a ordem do presidente Donald Trump para reforçar a presença militar na região. Atualmente, cerca de 2.200 militares estão posicionados na fronteira como parte da Força-Tarefa Conjunta "Norte", atuando principalmente em tarefas logísticas e administrativas, como o gerenciamento de dados, monitoramento, detecção e manutenção de veículos. A presença desses militares visa apoiar a Alfândega e a Proteção de Fronteiras dos EUA, mas, segundo fontes, as novas forças que chegarão nas próximas semanas não têm autoridade para realizar funções de aplicação da lei.
A presença de militares nas fronteiras dos EUA tem gerado controvérsias, especialmente porque a lei dos EUA proíbe que os militares em serviço ativo participem de atividades de aplicação da lei doméstica, salvo em casos específicos com a devida autorização. No entanto, esse novo movimento levanta questionamentos sobre as intenções de Trump, especialmente após uma série de decisões que enfraqueceram a regulamentação da imigração e da cidadania no país.
Embora o número de migrantes que cruzam a fronteira tenha diminuído recentemente, com uma média de 1.100 a 1.300 pessoas cruzando ilegalmente a fronteira diariamente, as ações do governo Trump continuam a ser um ponto de debate. Além disso, após a posse do presidente, o uso do aplicativo CBP One foi interrompido, o que anteriormente permitia aos migrantes agendarem uma consulta para entrar nos Estados Unidos de maneira regularizada.
Em outro movimento polêmico, Trump também emitiu um decreto que instrui as agências governamentais a não emitirem mais documentos de cidadania americana para filhos de imigrantes ilegais nascidos nos Estados Unidos, uma medida que afetará a interpretação da 14ª Emenda da Constituição.
Além disso, Trump anunciou planos para implementar um imposto de 25% sobre mercadorias importadas do México e Canadá, a partir de fevereiro de 2025. Em 2024, os EUA importaram US$ 475 bilhões do México e US$ 418 bilhões do Canadá, o que representa uma parte significativa das importações dos EUA, com exportações igualmente substanciais para esses países.