Hipotireoidismo: O Vilão Invisível por Trás do Ganho de Peso
Embora seja amplamente conhecido que o excesso de peso aumenta o risco de diversas doenças, o oposto também é verdadeiro: algumas condições de saúde dificultam a perda de peso e podem levar à obesidade com riscos graves à saúde. Hipotireoidismo, síndrome dos ovários policísticos (SOP), síndrome de Cushing e até mesmo depressão estão entre os problemas que, se não tratados, tornam a perda de peso quase impossível.
Estar acima do peso devido a uma doença subjacente não é comum, mas pode ocorrer. Indivíduos com obesidade (IMC acima de 30) têm maior probabilidade de apresentar uma condição médica que contribua para o ganho de peso. Apesar disso, médicos geralmente apontam que a obesidade é, em sua maioria, resultado de um estilo de vida pouco saudável. Entretanto, é crucial descartar condições médicas como causa subjacente, especialmente quando sintomas associados a doenças que promovem ganho de peso estão presentes.
Se o IMC ultrapassar 40, o que caracteriza obesidade mórbida, buscar a ajuda de um especialista, como um médico bariátrico, é fundamental. Entretanto, para aqueles que lutam contra o peso, mesmo seguindo uma alimentação equilibrada e praticando exercícios regularmente, investigar possíveis condições de saúde deve ser a prioridade. Abaixo, destacamos três doenças comuns que dificultam o controle do peso e orientações para lidar com cada uma delas.
1. Hipotireoidismo
Este distúrbio da tireoide desacelera o metabolismo, resultando em ganho de peso mesmo com apetite reduzido. Os sintomas incluem cansaço excessivo, frio constante, pele seca, queda de cabelo e inchaço facial. É essencial consultar um médico para verificar os níveis de hormônios tireoidianos e iniciar o tratamento adequado, que geralmente envolve reposição hormonal e suplementação de iodo.
2. Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)
Comum entre mulheres, a SOP causa desequilíbrios hormonais que levam ao ganho de peso, irregularidades menstruais, acne e crescimento anormal de pelos. Muitas pacientes também apresentam resistência à insulina, aumentando o risco de diabetes. O tratamento pode incluir terapia hormonal para regular os ciclos menstruais e estratégias para perda de peso, que muitas vezes restauram a fertilidade. Um ginecologista ou endocrinologista é o profissional mais indicado para realizar o diagnóstico e conduzir o tratamento.
3. Depressão
A relação entre obesidade e depressão é complexa: o estresse e a tristeza muitas vezes levam ao consumo excessivo de alimentos ricos em açúcar, enquanto o ganho de peso acentua sentimentos de baixa autoestima. Esse ciclo pode ser agravado por uma deficiência de serotonina, o hormônio responsável pela sensação de bem-estar. Para quebrar esse padrão, buscar a ajuda de um psicólogo ou psiquiatra é essencial. Tratamentos como psicoterapia e, em casos necessários, medicamentos antidepressivos, podem restaurar o equilíbrio emocional e facilitar o processo de perda de peso.
Atenção à Saúde Integral
Perder peso de forma sustentável exige mais do que apenas dieta e exercícios. Identificar e tratar possíveis condições médicas é crucial para o sucesso a longo prazo. Portanto, ao enfrentar dificuldades persistentes para emagrecer, mesmo com esforços significativos, procure orientação médica. Lembre-se: tratar a causa raiz melhora não apenas o peso, mas sua saúde como um todo.