"Irã fornece mísseis à Rússia, enquanto Ucrânia se prepara para revidar com apoio ocidental."
Em meio à escalada do conflito entre Ucrânia e Rússia, uma notícia de grande relevância emerge: as Forças Armadas da Ucrânia receberam luz verde para atacar alvos estratégicos dentro da Rússia utilizando mísseis de longo alcance Atacms. A confirmação veio em uma visita de alto nível do secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, e do chefe do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, David Lammy, à capital ucraniana, Kiev.
A visita tem como objetivo consolidar o apoio ocidental às operações militares ucranianas e, mais importante, formalizar a autorização para o uso de mísseis Atacms. Estes sistemas de mísseis táticos avançados fornecem à Ucrânia a capacidade de realizar ataques com precisão em profundidade no território russo, marcando um novo ponto de inflexão no conflito.
Michael McCaul, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos EUA, declarou em entrevista recente que Blinken e Lammy viajaram a Kiev para comunicar oficialmente essa autorização ao governo ucraniano. “Conversei com Blinken dois dias atrás, e ele está indo com seu colega britânico para basicamente dizer que permitirão à Ucrânia atacar a Rússia com os mísseis Atacms”, afirmou McCaul.
Essa notícia chega em um momento crítico, quando a Rússia, segundo o The Wall Street Journal, já recebeu mísseis balísticos de curto alcance do Irã para atacar a Ucrânia. Como parte do acordo, o Irã teria recebido aviões de caça russos Su-35, estreitando ainda mais os laços entre Teerã e Moscou. Analistas militares alertam que a Rússia poderá utilizar esses novos armamentos nas próximas semanas, tornando ainda mais urgente a necessidade de Kiev obter capacidades ofensivas ampliadas.
Os mísseis Atacms, agora autorizados para uso pela Ucrânia, permitem ataques a alvos em distâncias de até 300 km, o que pode alterar significativamente a dinâmica da guerra, levando a um possível aumento das tensões e represálias por parte da Rússia. Este desenvolvimento simboliza a crescente confiança e apoio militar da comunidade internacional, principalmente dos EUA e do Reino Unido, ao esforço ucraniano.
Além disso, essa decisão surge em meio a um cenário de crescente pressão global sobre a Rússia, à medida que o Ocidente continua a reforçar o apoio à Ucrânia, não apenas com armamentos, mas também com estratégias militares que buscam minar as capacidades ofensivas e logísticas russas.
O que esperar a seguir?
Com a autorização para utilizar mísseis de longo alcance, a Ucrânia poderá intensificar seus ataques a infraestruturas militares e logísticas em solo russo, o que pode ter efeitos devastadores para as capacidades operacionais do Kremlin. Enquanto isso, o fluxo contínuo de armamentos entre Rússia e Irã ressalta a complexidade geopolítica deste conflito, agora mais intrincado com o envolvimento de atores externos.
A guerra entre Ucrânia e Rússia está entrando em uma nova fase, com a introdução dessas armas de precisão e a ampliação dos limites geográficos dos ataques. Essa mudança pode determinar o curso das próximas batalhas e influenciar as futuras negociações diplomáticas.